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A montanha russa do preço do leite no Rio Grande do Sul preocupa Fetag-RS


A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul – Fetag-RS traz a preocupação em relação à instabilidade do preço do leite praticado no mercado. O custo de produção da cadeia leiteira continua elevado, impactando diretamente na rentabilidade do produtor. Ao passo que na última semana, é evidenciada a baixa do produto nas prateleiras dos supermercados e a notícia de baixa do preço pago ao produtor.


Este fenômeno gera profunda preocupação à Fetag-RS, visto que as famílias continuam produzindo em suas propriedades com valores elevados dos insumos, sementes, óleo diesel, defensivos e entregando um produto que têm tendência a não ser comercializado ao mesmo patamar financeiro dos últimos meses. Da mesma forma é observado que empresas brasileiras importaram 130% a mais de leite no mês de agosto de 2022 comparado ao mesmo mês em 2021. Estes elementos representam um enorme prejuízo econômico aos agricultores.


Outros fatores estão vinculados a este cenário, a exemplo de que inúmeras famílias não foram beneficiadas com o Decreto 11.029 que concedeu desconto nos financiamentos agrícolas de custeio pecuário e investimento no montante de 35% para os atingidos pela estiagem. Fator climático que causou danos irreversíveis a agricultura e pecuária famílias em suas diversas cadeias produtivas, em especial da leiteira.


Vale ressaltar que a montanha russa do preço do leite nas prateleiras dos supermercados se reflete imediatamente na compra do produto dos agricultores pelas empresas e cooperativas, permitindo um mercado volátil e sem balização para a comercialização. Esta situação é incompreensível pela Fetag-RS, pois o valor pago ao produtor não pode ser condicionado ao valor de venda. É fundamental que os governos olhem a produção de leite com mais atenção, identificando todos os elos da cadeia, oportunizando políticas públicas para os produtores, mas também para os consumidores terem poder de compra.


A Fetag-RS e seus Sindicatos orientam as famílias produtoras de leite que não façam investimentos pesados neste momento, que busquem a orientação necessárias nos Sindicatos dos seus municípios para que a tomada de decisão seja norteada pelo real cenário do mercado.


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