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Censo mostra avanço da participação feminina no campo

@Gaúcha ZH/ Joana Colussi


Embora a agropecuária ainda seja dominada por homens, a participação das mulheres na atividade ganhou espaço nos últimos 11 anos. Em 2006, o percentual de produtoras no campo era de 9,3%. Onze anos depois, passou para 12,1%. Os dados fazem parte dos resultados preliminares do Censo Agropecuário 2017, divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


– Hoje em dia não existe mais essa história de gênero, as possibilidades são iguais para homens e mulheres – afirma Zenia Aranha da Silveira, presidente da Comissão de Produtoras Rurais da Federação da Agricultura no Rio Grande do Sul (Farsul).

O crescimento da participação pode ser atribuído, segundo a dirigente, ao maior acesso à informação, que tornou a mulher capaz de assumir qualquer atividade dentro do agronegócio. A valorização e o respeito masculino ao trabalho feminino também foram importantes, segundo Inque Schneider, uma das lideranças femininas da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado (Fetag):


– Há menos de 20 anos as mulheres eram ajudantes de seus maridos no campo. Hoje elas ocupam papel de liderança nas propriedades, assumindo a frente dos negócios. 


No Brasil, o avanço da participação das mulheres foi mais significativo do que no Estado. O percentual passou de 12,7%, em 2006, para 18,6%, em 2017.


– Podemos ir muito além ainda – afirma a dirigente da Fetag. 

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