Chance de desenvolver terçol aumenta no verão
- Jornalismo Portal NMT
- 27 de jan. de 2023
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A relação do verão com o terçol, uma das doenças oculares mais comuns em todo o mundo, é que o calor e a umidade são condições climáticas propícias para a proliferação de bactérias que podem infectar as pálpebras e causar um terçol.
O terçol é uma infecção bacteriana que atinge as pálpebras. É importante dizer que quase todo mundo vai ter pelo menos um episódio de terçol ao longo da vida.
O terçol se caracterizada por um “bolinha” vermelha que surge nas pálpebras. Essa bolinha causa dor, vermelhidão e calor no local. Com o passar dos dias, surge um ponto de pus nessa bolinha. A lesão, nesse ponto da infecção, lembra um espinha.
Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular, essa bolinha é um abscesso que pode conter uma secreção purulenta devido à infecção. Na maioria dos casos, a infecção é causada pela bactéria Staphylococcus aureus.
Por que é mais comum desenvolver um terçol no verão?
O terçol pode ocorrer em qualquer época do ano, principalmente em pessoas com predisposição.
Entretanto, o verão soma duas condições perfeitas para a proliferação de bactérias: calor e umidade. Nas pálpebras estão localizadas as glândulas Zeis e de Meibômio. A Zeis secreta uma substância oleosa com propriedades antissépticas que ajuda a impedir o crescimento das bactérias.
“Já a glândula de Meibômio produz outras substâncias essenciais para defesa imunológica dos olhos contra bactérias. As altas temperaturas e a umidade podem fazer com que essas glândulas não funcionem adequadamente. Com isso, a defesa dos olhos cai, abrindo as portas para micro-organismos, como o Staphylococcus aureus. E assim surge o terçol”, explica Dra. Tatiana.
Além do verão, existem outros fatores de risco?
Sim, o verão aumenta o risco de ter um terçol. Mas naturalmente há outros riscos mais importantes como:
Ter inflamação crônica nas pálpebras ou meibomite (inflamação das glândulas de Meibômio)
Ter dermatite seborreica
Ter rosácea
Fazer reposição hormonal, principalmente com testosterona
Estar na menopausa
Ter olho seco
Como são feitos o diagnóstico e o tratamento?
O diagnóstico do terçol é clínico, ou seja, não é preciso fazer nenhum exame. A outra boa notícia é o que terçol é uma doença autolimitada. Isso quer dizer que o terçol melhora ao longo dos dias, em geral sem tratamento.
Entretanto, o oftalmologista pode recomendar o uso de antibióticos tópicos em casos mais específicos. A principal recomendação é fazer compressas de água morna. Além disso, é totalmente desaconselhável tentar “espremer” o terçol para liberação do pus. Isso pode agravar a infecção.
Como prevenir o terçol?
Evite coçar os olhos, principalmente com as mãos sujas
Não utilize colírios de outras pessoas, muito menos sem a prescrição médica
Cuidado com maquiagem vencida, pincéis sujos e contaminados
Sempre remova a maquiagem e faça a higiene das pálpebras
Não use hormônios sem prescrição médica
Nos pacientes com blefarite, rosácea e outras doenças que aumentam o risco de desenvolver um terçol, a dica é realizar regularmente a higiene das pálpebras.

fonte: A Folha
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