O Fantástico contou a história de um triunfo emocionante da medicina. Arthur e Bernardo nasceram unidos pela cabeça, compartilhando um pedaço do cérebro e a principal veia que leva o sangue de volta ao coração. Um caso muito raro e gravíssimo.
Aos 4 anos, os irmãos estão separados, depois de nove cirurgias. Um procedimento extremamente complexo, bancado pelo SUS. O médico que cuidou dos meninos conta sobre a complexidade das cirurgias feitas.
Fantástico: Havia riscos muito claros em cada uma dessas intervenções?
Gabriel Mufarrej, neurocirurgião: Muito. Risco potencial de morte sempre em todas as cirurgias. Nós paramos o centro cirúrgico em todos os procedimentos. Deixando salas reservas disponíveis para uma separação emergencial.
“Esse caso em particular era desafiador pra gente porque era o par de gêmeos mais velho que a gente separaria”, conta Owasi Jeelani.
Depois de oito meses de encontros virtuais, Jeelani veio ao Brasil para as duas últimas e mais importantes cirurgias.
Mariana Tonon Rosa, anestesista: A gente chegou a fazer três simulações com ajuda de enfermagem, anestesistas, com os cirurgiões, com todos. Para cada um saber exatamente o que faria no dia.
Fantástico: Quantas pessoas envolvidas nessas duas últimas cirurgias? Mariana: Mais de vinte. Entre cirurgiões, anestesistas, enfermeiros. Fantástico: E tinha uma divisão de cores? Mariana: Tinha. O Bernardo era a equipe vermelha. E o Arthur a equipe azul. “Foi um trabalho hercúleo que nós tivemos por que era previsto cirurgias muito longas, tanto que nós dividimos em dois dias”, conta o neurocirurgião Gabriel Mufarrej.
FONTE: CLIC ESPUMOSO
Comments