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Dengue não tem tratamento prévio e a prevenção é o único modo de enfrentá-la no momento

Passo Fundo já tem 297 casos confirmados de Dengue e há um óbito suspeito sendo analisado através de exame do Estado. O resultado deve sair nesta semana.

Falando sobre o assunto na Uirapuru, o médico Dr. Julio Stobbe, afirmou que a Dengue é uma doença que sempre traz preocupação, por ser viral e não ter tratamento específico, apenas a prevenção. Nos últimos 20 anos, Stobbe afirma que aumentou a transmissibilidade local e o número de casos de Dengue no Estado. Quando isso ocorre, o médico destaca que também aumenta estatisticamente a possibilidade de casos graves.

De acordo com ele, nem sempre os casos graves de Dengue vão acometer pessoas com comorbidades. O risco deste grupo é maior e a grande maioria dos casos de óbitos da doença no Estado mostram isso. No entanto, o médico alerta que todos podem acabar tendo complicações.

Na grande maioria das vezes os casos são leves e moderados. Mesmo assim, o médico orienta que exista um esforço na prevenção. Os critérios para identificar se alguém está com dengue, conforme Dr. Julio Stobbe, são febre durante dois a sete dias associada a duas ou mais manifestações como náusea, vômito, vermelhão no corpo, dor muscular ou articular, além de dor de cabeça e dor atrás dos olhos.

Como a doença é viral, o médico lembra que ela pode ser confundida com outras, como Influenza ou Covid. Por isso, o médico recomenda que durante o tratamento os pacientes evitem utilizar medicamento Ácido Acetilsalicílico (AAS) e outros anti-inflamatórios como Ibuprofeno, Naproxeno ou Diclofenaco. O que é utilizado no tratamento contra a dengue é o Paracetamol, para combater a febre sem interferir no sistema de coagulação.

Dr. Julio Stobbe também contou que uma vacina está disponível na rede privada, porém, para ser utilizada apenas em pessoas que já tiveram Dengue uma vez. O médico passo-fundense, em parceria com o Instituto Butantan, está testando outra vacina, essa para pacientes que nunca tiveram dengue. Esse estudo já está em fase três, com centenas de pacientes testados e gerando ótimos resultados.

Stobbe destaca que em, no máximo, dois anos, já haverá a possibilidade desta vacina estar disponível. Enquanto isso não acontece, o médico ressalta que a prevenção é o único modo de enfrentar o mosquito da Dengue, que também gera outras doenças como Chikungunya e Zika.


Rádio Uirapuru

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