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Entenda os possíveis efeitos da liberação de saques do FGTS

@ LEONARDO VIECELI /Gaúcha ZH


A provável liberação de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que pode ser anunciada nesta quinta-feira (18), deve representar estímulo ao consumo no momento em que diferentes setores da economia sofrem com a baixa demanda. Apesar do possível benefício, a medida não resolveria todos os problemas do país, apontam especialistas. Seria uma espécie de paliativo.

A projeção do governo é de que a medida injete R$ 42 bilhões na economia. A liberação valeria tanto para contas ativas quanto para inativas


Ao jornal Valor Econômico, o ministro da Economia, Paulo Guedes, acrescentou que o governo planeja ainda liberar R$ 21 bilhões em recursos do PIS/Pasep. Entretanto, só R$ 2 bilhões devem ser efetivamente retirados pelos trabalhadores, conforme Guedes.


Não é primeira vez que o país presencia o debate sobre a liberação de recursos dessas fontes. Em dezembro de 2016, o então presidente Michel Temer anunciou o saque de contas inativas do FGTS. O objetivo era o mesmo: estimular a economia, que à época era assombrada pelo segundo ano consecutivo de recessão. 


Apesar de a liberação poder gerar benefícios ao consumo, a construção civil demonstra preocupação com a medida. Isso ocorre porque o FGTS é uma das importantes fontes de financiamento de imóveis no país – o teto é de R$ 1,5 milhão.


– Os recursos das contas não seriam direcionados só para a construção, mas abertos a vários setores. O FGTS é um grande funding (fonte de financiamento), principalmente para imóveis do Minha Casa Minha Vida afirma o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado (Sinduscon-RS), Aquiles Dal Molin Júnior. – Liberar os saques é um erro. Há benefícios sociais gerados pela construção, como empregos e moradia digna para as pessoas – emenda.


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