O governo do Estado assinou, nesta quarta-feira (31/8), um protocolo de intenções com a cooperativa Cotrijal para a instalação de uma indústria de produção de etanol em Não-Me-Toque, no Noroeste do RS. O documento estabelece ações articuladas para possibilitar o investimento de cerca de R$ 293 milhões por parte da cooperativa em até quatro semestres. A assinatura ocorreu no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, onde está instalada a sede do governo do Estado durante a 45ª Expointer.
Como contrapartida, o Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, assumiu o compromisso de viabilizar a tramitação do projeto da cooperativa Cotrijal no Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem/RS) e no Programa de Harmonização do Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Sul (Integrar RS). O protocolo estabelece ações no âmbito da Secretaria da Fazenda, como o diferimento do pagamento de ICMS devido nas aquisições de máquinas e equipamentos de fornecedores localizados no Rio Grande do Sul, assim como de acessórios, sobressalentes e ferramentas que acompanhem esses bens e que sejam produzidos no Estado. A cooperativa também assume compromissos por meio do protocolo, como o da criação de pelo menos 92 empregos diretos, dando preferência para a contratação de mão de obra local. A usina terá uma capacidade de produção de 70 milhões de litros ano, e o início das operações está previsto para 2024.
O governador Ranolfo Vieira Júnior, que participou do ato de assinatura, disse que a nova unidade industrial vai ajudar na ampliação da cadeia de bioenergia do Estado, que hoje produz apenas 1% da sua demanda de consumo interno. “Esse empreendimento, além de gerar emprego, renda e desenvolvimento na região, também contribui para diminuir a dependência do Rio Grande do Sul da produção de etanol de outros Estados”, disse.
O presidente da Cotrijal, Nei Mânica, destacou o aproveitamento das culturas de inverno para a produção do biocombustível e o impacto para os produtores. “Vai estimular o aumento da produção dessas culturas no Rio Grande do Sul para que possamos gerar mais renda para o produtor, retorno em ICMS para o governo e aumentar a produção deste insumo tão importante para a nossa economia e para o meio ambiente, que é o etanol”, afirmou.
Texto: Thamiris Mondin Edição: Christianne Schmitt/Secom
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