Exportações de carne de frango voltam a ganhar força após impacto da gripe aviária
- Jornalismo Portal NMT

- 8 de out.
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Com a gripe aviária superada, as exportações brasileiras de carne de frango engrenaram de vez em setembro e alcançaram 482,3 mil toneladas — o segundo maior volume mensal da história. Deste total, 65,2 mil toneladas saíram do Rio Grande do Sul, alta de 3,2%.
Os números, divulgados nesta terça-feira (7) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), representam uma retomada robusta dos embarques após restrições sanitárias e comerciais com o foco registrado no Rio Grande do Sul em maio.
— Já vínhamos observando sinais positivos em agosto, mas o mês de setembro trouxe um retorno mais contundente. E isso sem contar com a China, que ainda não retomou totalmente as compras — avalia Estevão Carvalho, gerente-executivo da área de mercados da ABPA.
Entre os destaques de setembro está a África do Sul, que, pela primeira vez, se tornou o principal destino dos embarques. O país importou 38,7 mil toneladas — crescimento de 35,9% em relação a setembro de 2024. O resultado surpreende, especialmente por ser um dos mercados que suspenderam as compras do Brasil durante o foco de gripe aviária no Estado.
— A África do Sul é um mercado muito relevante, especialmente para a carne mecanicamente separada, usada em produtos embutidos. O fato de eles voltarem agora com força mostra a confiança no controle sanitário do Brasil — diz Carvalho.
No ano até agora, foram embarcadas 3,876 milhões de toneladas, volume 1% inferior ao exportado nos nove primeiros meses do ano anterior.
Na carne suína, renovação de recorde
Já as exportações brasileiras de carne suína alcançaram em setembro o maior volume mensal da história, com 151,6 mil toneladas exportadas — um crescimento de 25,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Deste total, 35,7 mil toneladas saíram do Estado, alta de 39,6%. Desempenho que tem se repetido nos últimos meses.
Para Carvalho, a explicação está na diversificação da demanda global:
— Embora a China tenha sido por anos o principal comprador, hoje mercados como Filipinas, Japão, Vietnã e México ganham espaço e impulsionam as exportações brasileiras.
No acumulado do ano, o volume exportado já soma 1,121 milhão de toneladas, alta de 13,2%.
Fonte: GZH/CAROLINA PASTL






















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