Gaúchos vivem em média até os 77 anos
- Jornalismo Portal NMT
- 27 de jul. de 2022
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Foi divulgado nesta terça-feira (26), o estudo “Indicadores de Mortalidade para o Rio Grande do Sul e seus Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes)”, elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão. Houve aumento de 0,19% em 2020 em relação a 2019 e os gaúchos estão vivendo em média até os 77,45 anos. O pouco incremento pode se dar, entre outros fatores, ao impacto da Covid-19, já que 10% do total de mortes da doença no Estado, ou seja, 9,241 foram de idosos. Se não fosse a pandemia, a expectativa poderia ter alcançado 78,48 anos.
Andrea Cristina dos Santos, Enfermeira Responsável Técnica pelo Recanto São Vicente de Paulo e Coordenadora do Curso Técnico de Enfermagem da Escola Sorg em Carazinho, analisa que embora discreto o aumento é importante.
“Os idosos estão cada vez mais longevos, especialmente no Rio Grande do Sul, que tem melhor qualidade de vida em relação a outras regiões do Brasil. A diferença em relação ao índice anterior é pequena, mas é importante. Nos mostra que precisamos seguir falando das necessidades, das deficiências que existem para atender este público. As famílias, os profissionais de saúde, precisam estar melhor preparados porque é uma população cada vez mais expressiva. Há algum tempo não tínhamos tantos idosos quanto temos hoje”, menciona.
Para Andrea espaços especializados como as casas de longa permanência são instituições cada vez mais procurados e que precisam estar adequados. “É preciso se profissionalizar, orientar as famílias, porque o futuro é trabalhar com idosos. O aumento da expectativa faz com que pensemos mais no assunto para permitir que os idosos sigam com qualidade de vida”, coloca.
Enquanto profissional do Recanto São Vicente de Paulo, Andrea percebe claramente esta necessidade. “Estou há 12 anos no Recanto. Hoje são 90 idosos na instituição e temos uma fila de espera de mais de 40 pessoas. Todos os dias alguma família nos procura. A demanda vem aumentando, o que prova que precisamos de mais pessoas e mais locais especializados”, frisa.
Andrea aponta ainda para a diferença na expectativa de vida entre homens e mulheres. Elas vivem em média até os 80,99 anos, enquanto que eles chegam até os 73,87 anos. “As mulheres se cuidam mais. Vão ao médico com mais frequência, fazem exames preventivos. Os homens, em geral, procuram ajuda quando estão com um problema de saúde mais avançado”, justifica.

*Diário da Manhã por Mara Steffens via https://diariodamanha.com/noticias/gauchos-vivem-em-media-ate-os-77-anos/
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