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Greice Behm fala sobre desafios do futsal feminino para garotas da Sercesa

Encontro virtual entre a atleta multicampeã e jovens carazinhenses que sonham em seguir carreira profissional foi considerado proveitoso pelo coordenador Claudio Borges

A multicampeã Greice Behm, natural de Não-Me-Toque e atleta do Barateiro Havan Futsal (Blumenau) conversou com meninas que frequentam o projeto Sercesa do Futuro em Carazinho. O encontro virtual foi organizado pelo professor Claudio Quadros, coordenador do projeto.


Greice (32) tem em seu currículo vários títulos, inclusive com as seleções universitária e principal, como o mundial universitário na Sérvia em 2010, o Grand Prix com a seleção principal em 2019, o de campeã brasileira de seleção sub 20, de campeã intercontinental na Espanha em 2019 e de campeã da Copa do Brasil em 2017, quando ganhou também a Bola de Ouro da competição.


A jogadora destacou as dificuldades enfrentadas no esporte que não tem tanta valorização quanto na modalidade masculina.


“A gente vem buscando uma crescente nisso. Ainda sofremos bastante com a fata de reconhecimento e de patrocinadores e agora com a Covid ficou ainda mais difícil. Vemos que poucas equipes estão conseguindo se manter na situação atual. Fiquei bem feliz quando o professor Claudio me procurou para conversar com as meninas da Sercesa. É bom saber que tem meninas que sonham e não param de se dedicar”, comentou.


Greice sempre foi atleta profissional e hoje é reconhecida pelo trabalho. “Já conquistei tudo que podia no futsal, já fui seleção, mas ainda busco um reconhecimento diário do futsal feminino. Assim como eu já sonhei em jogar, vejo que tem muita menina com essa vontade também. No entanto, precisamos buscar esta valorização para que elas que sonham em chegar onde cheguei tenham uma possibilidade melhor, com mais investimento neste esporte. A gente trabalha e se dedica tanto quanto no masculino. Precisamos de pessoas que confiem no nosso trabalho”, opinou.


O Barateiro Havan Futsal tem treinado normalmente na pandemia. Segundo Greice, o clube possui uma estrutura muito boa, ao contrário de outras equipes que não estão podendo trabalhar por conta das restrições sanitárias.


“Sabemos como é difícil. É complicado você ter que manter o foco, a concentração, a garra estando longe da quadra. Passamos por um momento bem difícil no ano passado. Fomos liberadas para ir para casa por 15 dias e acabamos ficando cinco meses. Eu lutava mais com meu psicológico do que com meu corpo. Este é um momento complicado para o esporte como um todo, mas precisamos continuar batalhando”, relatou.


Momento importante para as atletas

Coordenador do projeto Sercesa do Futuro, Claudio Borges conhece Greice desde a infância, quando ela disputava torneios escolares, e sabe do talento dela.


“Decidimos convidar a Greice para que ela motivasse as meninas e falasse da sua vivência enquanto atleta. O objetivo foi cumprido muito bem porque ela falou várias coisas interessantes principalmente em relação às dificuldades que futsal feminino enfrenta. É diferente o naipe feminino do masculino. O feminino infelizmente tem menos visibilidade e precisa estar correndo atrás de coisas que o masculino conquista com facilidade”, informou.


Segundo Borges, Greice contou sobre o início da carreira e todas as dificuldades que enfrentou por escolher ser atleta. “Ela pensou em desistir, mas seguiu firme no objetivo e conseguiu vencer. Também falou das lesões sérias que teve, do período que ficou sem jogar, da alegria de jogar uma partida televisionada para o mundo, além da questão da convocação para a Seleção Brasileira. Ela deu toques importantes, frisando do cuidado com a alimentação, de ter uma vida regrada e se manter em atividade mesmo na pandemia”, colocou.




Fonte: Diário da Manhã

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