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Presos fazem greve de fome e denunciam agressões em Erechim

@ Fonte: AU Online Erechim


Em cartas para a imprensa os presos das galerias A e B, do Presídio Estadual de Erechim, reafirmam que manterão a greve de fome enquanto a corregedoria Susepe e o representante da Vara de Execuções Criminais não entrar na casa prisional para ouvir as denúncias de tortura, agressões, maus tratos, privação de direitos básicos dos apenados e constrangimento das mulheres de presos quando da revista íntima.


Por telefone, várias mulheres dos apenados foram ouvidas pelo AU Online na noite desta segunda-feira(8) e afirmam que são vistas nuas por agentes prisionais masculinos e até familiares de outros presos quando estão na sala de revista.


O advogado Fábio Nikolay diz ser defensor de vários presos e que a situação no Presídio Estadual de Erechim se tornou insustentável. O advogado diz ter em mãos documentos e relatos de seus clientes que comprovam situações gravíssimas vividas pelos presos, casos que ultrapassam a barreira do suportável e está pedindo a intervenção do Ministério Público, do Poder Judiciário, da corregedoria da Superintendência dos Serviços Penitenciários e da Comissão de Direitos Humanos no RS, com urgência.


Ainda segundo  o advogado, ocorreram fatos graves no interior da casa prisional que foram mantidos em sigilo, quando deveriam ser tratados pela polícia e Justiça. Também através do advogado e em duas cartas para a imprensa, os presos afirmam que o movimento ainda é pacífico e que aguardam para as próximas horas a manifestação do judiciário e da Susepe para decidirem sobre um novo rumo da manifestação.


O advogado que representa os presos prometeu se manifestar somente depois que encaminhar oficialmente as denúncias, mas ressalta que tem em mãos casos estarrecedores para relatar. Fábio Nikolay disse que os presos "estão sob custódia da Justiça para pagar as penas e não para serem torturados".


O advogado ressalta que neste momento "os presos estão em greve de fome, uma manifestação pacifica para reivindicar direitos assegurados na Lei de Execuções Criminais". A diretora do Presídio Estadual de Erechim não atendeu a ligação do AU Online e avisou que vai se pronunciar mais tarde. O AU enviou pedido de reposta com relação a denúncia dos presos e do advogado para o Departamento Penitenciário do Rio Grande do Sul, logo que teve conhecimento do caso.


O órgão deve se manifestar nesta terça-feira (9).



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