“A tendência de preços no mercado do milho é baixista para o resto do mundo, mas não para o Brasil”. A afirmação é da equipe de analistas de mercado da TF Consultoria Agroeconômica, que analisou a soma de todos estes fatores e projetou a tendência indicada pelo USDA.
De acordo com os especialistas, o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da última sexta-feira, 10 de Junho, indicou um viés que “pode ser realmente baixista para o resto do Mundo, mas não para o Brasil, porque somente nós temos a possibilidade de aumentar a demanda em 10 milhões de toneladas, voltada para o mercado internacional, o que não é pouco”.
“Esta demanda fará as tradings disputarem mercadoria em todos os cantos do país, inclusive nos estados do Sul, com as indústrias locais, possibilitando a elevação dos preços no segundo semestre de 2022”, estima o analista sênior da TF Consultoria Agroeconômica, Luiz Pacheco. Confira o que mexe no preço do milho essa semana:
FATORES DE ALTA
*Chicago validando firmeza anterior: O mercado desta sexta-feira permaneceu estável, mas validando a firmeza nos preços das sessões anteriores. *Clima poderá ser positivo: As previsões de clima adverso (altas temperaturas) em algumas regiões produtivas dos EUA estão causando preocupação. O aumento dos preços do mercado físico, em função disto, adicionou suporte. * China precisa comprar milho e fez acordo com Brasil: A China tem quase nada de milho para 2022-23. Poderia comprar do Brasil que está mais barato em relação ao Golfo. Há duas semanas os dois países assinaram acordo fitossanitário que viabiliza as exportações brasileiras.
FATORES DE BAIXA
*O relatório do USDA foi baixista: E poderá continuar baixista se a China comprar do Brasil, porque, neste caso, a tendência será a de as cotações da CBOT e os prêmios nos EUA e na Argentina (continuarem) a cair e os prêmios no Brasil continuarem a subir. * No Brasil a colheita da Safrinha pressiona os preços. A oferta de uma Safrinha cheia no Brasil, neste ano, é um fator que pressionou os preços até agora, mas isto já começa a ser revertido. A exportação deverá ser o grande driver do mercado no Brasil, daqui para frente e é preciso ficar atento aos movimentos das Tradings.
Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
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