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Setembro amarelo: a vida é sempre a melhor escolha


Ansiedade e depressão. Termos que, antes menosprezados, hoje fazem parte do cotidiano e do diagnóstico de milhões de pessoas no mundo. De crianças a idosos, homens e mulheres. As estatísticas estão aí para comprovar: dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que os casos de ansiedade e de depressão aumentaram 25% no globo, só no primeiro ano da pandemia de COVID-19. Diante disso, a OMS acionou um alerta para que todos os países prestem mais atenção na saúde mental de suas populações e planejem ações para modificar esse cenário.


É preciso levar essas recomendações a sério. O suicídio já aparece como uma das 20 principais causas de morte no mundo. O isolamento social cobrou um enorme preço à saúde mental. Provavelmente, devido à mudança brusca de rotina na vida das pessoas, associada a, muitas vezes, falta de disponibilidade e acesso a serviços de saúde.


Para evitá-lo, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) promovem tradicionalmente o Setembro Amarelo que, neste ano, em meio a tantas incertezas para a humanidade, traz o lema: a vida é a melhor escolha! E fica a pergunta: mas de que forma podemos auxiliar alguém que apresente tendências a desistir da própria vida?


Fique atento a alguns sintomas: tristeza profunda, distúrbios do sono, pensamentos negativos, desinteresse e apatia, baixa autoestima, desleixo com a aparência, dores físicas, rejeição, irritabilidade, choro frequente, falta de vontade de fazer atividades simples, mudanças comportamentais bruscas, rejeição a determinados assuntos, pensamentos e planos negativos, além do uso de drogas.


Compartilhar experiências e ajudar a buscar soluções podem ser o caminho. No Moinhos de Vento, disponibilizamos consultoria psiquiátrica nas unidades de internações clínicas e pacientes psiquiátricos que chegam no serviço de urgência. Também existem serviços como o Centro de Valorização da Vida (CVV), que atende gratuitamente através do telefone 118, assim como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e, até mesmo, o pronto-socorro de hospitais e ambulatórios de universidades. A terapia também é uma alternativa e não deve ser um privilégio de poucos.


Com respeito e empatia, todos podemos ajudar quem precisa, apoiando aqueles que estão passando por uma crise. Nossas ações, não importa quão grandes ou pequenas, podem fornecer esperança àqueles que estão lutando.

Márcia Surdo Pereira - Médica psiquiatra do Serviço de Psiquiatria do Hospital Moinhos de Vento


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