Trabalhadores dos Correios indicam possibilidade de greve
- Jornalismo Portal NMT

- 2 de ago. de 2018
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@DiáriodaManhã

Os trabalhadores dos Correios estão se preparando para a uma greve nacional que poderá ser deflagrada no dia 7 de agosto, a partir das 22h, se não houver um consenso com a estatal. A primeira proposta da empresa foi de 1,58% de aumento salarial, que corresponde a 60% do INPC da data-base da categoria, o que já está aquém do que pede a classe, que é 8%. Além desse ponto, o sindicato da categoria reclama que a proposta retira itens do acordo coletivo, como por exemplo, o abono de férias, os valores para quem tem direito ao adicional noturno e o Vale Cultura.
Em 17 assembleias realizadas entre os dias 24 e 27 de julho, eles aprovaram o indicativo de greve, sendo que Comando Nacional de Negociação segue em Brasília aguardando as próximas reuniões. Se a empresa não apresentar uma proposta que os contemple, os trabalhadores indicam para a efetivação da paralisação. “Já batalhamos com eles há muitos anos esses nossos diretos e ganhamos, então a gente gostaria de mantê-los, fora os 8% de aumento”, comentou o diretor do Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do Rio Grande do Sul (Sintec-rs) e carteiro em Passo Fundo, Araldo Alves.
Segundo ele, se a greve se concretizar, todos os serviços da empresa serão afetados. “Principalmente o Sedex irá afetar a população. Hoje, pela má gestão da empresa, o serviço dos carteiros já está prejudicado. A população não tem muito conhecimento sobre isto e muitas vezes eles jogam a culpa em nós”, projetou Araldo.
Procurada, a empresa informou, via assessoria de comunicação, que está “em negociação com as representações sindicais”.
Assembleia será decisiva para mobilização em Carazinho
Em Carazinho, os trabalhadores da agência dos correios também aguardam uma decisão da assembleia da categoria, marcada para o dia 6 de agosto. “Ainda não temos local e horário definidos. Hoje não há como prever qual será a decisão dos trabalhadores. Sabemos que a ideia de nos tirarem direitos adquiridos não será aceita”, explica o carteiro Dilnei da Silva Borges, que atua como delegado sindical.
Segundo ele, a categoria está se mobilizando para defender aquilo que entende serem direitos adquiridos em convenção coletiva e que pela nova política do governo estão ameaçados. “Chegou o momento dos trabalhadores dos correios se unirem em mobilizações para defenderem seus direitos e um reajuste salarial digno”, salienta Borges.
De acordo com o delegado sindical, a agência de Carazinho tem 40 funcionários. Ele adianta ainda que a participação ou não em movimentos de greve passará por assembleia. Os trabalhadores dos correios de Carazinho pertencem ao Sindicato da cidade de Santa Maria.





















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